Doces conventuais! Já está com água na boca? Consegue resistir-lhes? E que tal vir aprender a fazê-los? 🙂
Mas, afinal, o que são doces conventuais? Como se distinguem dos outros?
Desde logo, há 3 ingredientes que são transversais a este tipo de doçaria: água, açúcar e gemas. Com eles, fazem-se uma quantidade enorme de doces conventuais diferentes: ovos moles, fios de ovos, encharcada, rebuçados de ovo, trouxas de ovos… enfim, são muitíssimas as receitas com apenas estes ingredientes. A doçaria conventual é uma das riquezas culturais do nosso país. Uma riqueza que não se pode perder e que só se preserva se a passarmos de mão em mão. E é nas suas mãos que pode ficar parte deste precioso legado.
Um pouco de história sobre a Doçaria Conventual:
Antigamente nos conventos, as gemas que sobravam das claras, com que se engomavam os paramentos e as roupas, eram muitas. Para além das gemas, sobravam também o tempo e a mão de obra. É assim que, ao longo dos anos a doçaria conventual vai crescendo, se vai desenvolvendo e, muito a custo e muito lentamente, se vai dando a conhecer. A rivalidade entre conventos era grande e as receitas, muitas vezes, estavam fechadas à chave e só a Superiora tinha acesso a elas. Há, certamente, ainda muito por descobrir. A doçaria conventual é uma das riquezas culturais do nosso país. Uma riqueza que não se pode perder e que só se preserva de a passarmos de mão em mão. E é nas suas mãos que pode ficar parte deste precioso legado.
Biografia:
Maria Almeida, comunicadora durante 26 anos nas rádios do grupo Renascença, sempre teve, em paralelo, o gosto pela doçaria. Chegou, inclusivamente, a colaborar, durante alguns anos, com a empresa de catering de Vasco Aragão. Mas foi na viragem do século, num workshop de iniciação ao cake design no IstoFaz-se, que percebeu que precisava de ir mais longe. Em 2010 troca os microfones pelos tachos! Fez o curso de gestão e produção de cozinha e pastelaria da EHTL /Turismo de Portugal e dedicou-se à investigação da doçaria conventual, abrindo, em 2013, uma ourivesaria doce : doces conventuais em miniatura.
Mas comunicar é uma necessidade quase tão básica como respirar: e se através do paladar também se comunica, a transmissão de saberes é imprescindível para que não se percam receitas e técnicas em risco.
Comments are closed.